Pular para o conteúdo principal

O Ensino individual é uma opção para a criança com Síndrome de Cornélia de Lange?

Essa semana recebemos mais um cadastro e, também, um importante depoimento com a intenção de compartilhar informações sobre o ensino de uma criança com a Síndrome de Cornélia de Lange.

Esclareço que omiti no texto os nomes das pessoas

Imagem ilustrativa do Jô no desfile de 7 de setembro de 2005 - 8 anos
CIEP Especial - o segundo da esquerda para a direita - alinhado e de passo certo


"Oi! Sou tia de é uma criança diagnosticada com a Síndrome. Considerado pelo geneticista que deu o diagnóstico, um estágio leve da síndrome, temos procurado ajuda para saber como poderemos ajudar o José a se inserir no mundo, tentar deixá-lo independente e feliz. 

Vi realmente que existem fundações bem interessantes no exterior. Achei muitas informações no site: http://www.cdlsusa.org. A Fundação CdLS emprega uma equipe de profissionais, disponíveis para fornecer apoio e informação. Acho a troca de informações, e mais ainda, iniciativa de começar esse movimento aqui no Brasil. 

Bem sobre o meu sobrinho. Ele tem 12 anos, está no terceiro período do ensino fundamental, conhece as letras, os grupos de família, mas não consegue ler livremente. Tem memória visual muito boa, e aprende fácil tudo aquilo que lhe interessa. Está sendo acompanhado por psicóloga e psico-pedagoga que já identificaram que ele possui capacidade de raciocínio.  Tem estatura baixa se comparado com crianças típicas, está realizando exames para considerarmos a possibilidade de tratamento com hormônio para crescimento. 

Tende a se mutilar quando contrariado ou agredir, se arrependendo no minuto seguinte, mas sem consciência para desculpar-se. Repetitivo nos discursos e bastante ansioso. Atualmente mora com a minha mãe, pois o colégio da cidade onde ele morava, chamou os pais e disse que não podia fazer mais nada por ele. 

O tratamento com a psicóloga e extremo amor da vó para acompanhá-lo, demonstrou avanços, um deles, foi ele ter conseguido a fazer suas necessidades fisiológicas ( número 2) no vaso sanitário, isso ele só conseguiu este ano. Minha mãe o colocou também na aula de música, ele está aprendendo a tocar pandeiro. Deu show na abertura das festas juninas no colégio. Rsos... Estamos no momento passando por um dilema, pois a psicóloga disse que a distancia dos pais tem sido muito prejudicial ao avanço dele. Ele passa a semana toda repetindo que na sexta voltará para casa. 

O problema é que o interior que ele mora não dá melhores oportunidades para ele do que aqui na capital, e seus pais, não têm como se mudarem, devido ao trabalho. Sendo assim, comecei a pensar no ensino individual. Alguém já passou por isso? 

Por favor me enviem suas experiências, pois, estamos buscando todas as formas de adquirir conhecimentos e trocar informações para ajudar esse menininho que é extremamente, amoroso, simpático e muito amado.

Comentários

  1. Penso que a ajuda de pessoas especializadas vai ajudar muito. As questões afetivas são muito significativas para eles, especificamente, no caso do meu filho, o Jordano - que tbem possui autismo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

seu relato, sua experiência pode ajudar agora quem está precisando. Compartilhe!

Destaques da Semana

Ferramenta de pesquisa genética, face2Gene, acerta 91% das vezes em casos de Síndrome de Cornélia de Lange

A seguir segue uma matéria muito importante sobe a aplicação da inteligência artificial na detecção de doenças que não podemos enxergar, publicada em 15/03/219 pela BBC Brasil, por  Leah Kaminsky. Como a Inteligência Artificial detecta sinais de doenças que humanos não podem enxergar GETTY IMAG Inteligência artificial é capaz de perceber padrões oculares para identificar doenças antes que sintomas apareçam. O dia estava ensolarado com um ar de primavera. Eu seguia Angela, cujo nome foi alterado para proteger sua identidade, por um corredor que levava ao meu consultório em Melbourne, na Austrália. Ela era minha paciente havia vários anos, mas só naquela manhã notei que ela arrastava os pés enquanto andava. Sua face estava sem expressão e ela tremia levemente. Eu a encaminhei a um neurologista e, em uma semana, ela começou a receber tratamento para o mal de Parkinson. Mas fiquei chateada por não perceber seus sintomas antes. Infelizmente, esta é uma situaç...

7ª Conferência Mundial da Síndrome de Cornélia de Lange

A Federação Internacional CdLS ( www.cdlsworld.org ) organizou a 7ª  Conferência Mundial da Síndrome de Cornélia de Lange no período de 14 a 17 de novembro de 2013, em Buenos Aires, Argentina. Foto: facebook/ Tatiana Arantes Alves A Conferência é realizada a cada dois anos para famílias em diferentes partes do mundo. A primeira foi realizada em Copenhague - Dinamarca. Veja mais informação nos links: 7 ª Conferência Mundial CdLS de 14 a 17 /11/2012 Buenos Aires - Argentina www.cdlsworld.org www.corneliadelange.ning.com

Síndrome de Cornélia de Lange e Autismo

O Jordano recebeu o diagnóstico de Síndrome de Cornélia de Lange (SCdL) aos dois anos e, somente aos oito, o diagnóstico de autismo. No cotidiano, sempre foi mais simples dizer que ele era autista para facilitar a comunicação com profissionais da saúde, da educação e com as pessoas em geral. Quando se menciona a Síndrome de Cornélia de Lange, a barreira costuma ser ainda maior. Jordano, 28 anos, com Síndrome de Cornélia de Lange - 23/11/25 Ambos os diagnósticos foram feitos de forma clínica. Nunca foram realizados exames genéticos para investigar a relação entre as duas condições, embora hoje já existam evidências científicas importantes de que mutações raras, especialmente no gene NIPBL , localizado em 5p13.2,  estejam associadas à SCdL e possam contribuir para o desenvolvimento de características do espectro autista. Para entender melhor essa relação, utilizei o ChatGPT como ferramenta de busca, leitura e interpretação de artigos científicos sobre SCdL e autismo. Como nem todos ...