A Depressão pode provocar um comportamento agressivo. Esse foi o entendimento do Dr. Vilson Riffel, Psiquiatra, que atende em Passo Fundo, RS.
Foto: Jô, jan14/16 anos, com Síndrome de Cornélia de Lange |
Desde 2010, aproximadamente, o Jô passou a demostrar condutas agressivas comigo (pai), a mãe, irmão menor, colegas de aula, professores e mesmo com pessoas desconhecidas. Sem motivo claro atacava com tapas ou jogando objetos.
No dia 27 de janeiro último, fomos até o Dr. Riffel, reconhecido pelo estudo e acompanhamento de pessoas com autismo. Após ele ouvir o nosso longo relato e avaliar comportamentos do Jô, disse-nos que existem vários elementos que sugerem um quadro de depressão e, em consequência, pode desencadear um comportamento agressivo de determinadas situações.
Manteve o uso de risperidona (1mg/dia) e acrescentou Paroxetina.
Passados 11 dias, observamos que o humor dele melhorou, porém ainda continua tentando dar uns "petelecos" no irmão. No final do mês de março voltaremos ao Dr. Riffel e teremos mais informações sobre o caso.
Ah! explicando. O problema não é a camiseta, ele é gremista.
Por hora é isso, quem quiser colaborar com mais informação sobre o assunto, fique a vontade para comentar.
Olá a todos! No caso do Gabriel, tenho notado uma agressividade desde pequenino e pelo que já li a respeito a agressividade é uma das características da síndrome, em alguns casos é leve e outros grave. Quando pequenino com uns dois anos, Gabriel machucava a boca roçando a unha na boca quando ficava com sono e eu o ensinei a trocar o roçar da unha com pressionar o polegar e assim é até hoje quando ele fica com sono. Ranger os dentes também foi outro ponto que até hoje não consegui tirar isso dele, quando ele começa percebo que é para chamar atenção. Mas com oito anos foi que a situação piorou, houve mudança em nossas vidas, fiquei grávida e mudamos de casa e escola. Gabriel não tolerava esperar como antes, se jogava no chão, se debatia, tirava as sandálias e passou a tirar a roupa... começou a acordar de madrugada para se debater, na escola se batia muito nas orelhas. Coloquei numa clínica multidisciplinar e passou a ir ao neurologista e psiquiatria. A neurologista da época passou risperidona e outros medicamentos sem sucesso... a psiquiatra achava que eu era a louca, que eu o deixava nervoso. Mudei de psiquiatra e procurei um neurocirurgião que já havia feito cirurgia para agressividade. Gabriel foi a primeira criança com essa síndrome no mundo a realizar essa cirurgia, melhorou bastante o sono dele e a frequencia das batidas. E durante o percurso de mudança de médicos Gabriel passou a bater nos olhos, como consequencia ele descolou a retina dos dois olhos. Dias antes de descobrir a cegueira dele, um neuro do Sarah, que fazia avaliação muito exporadicamente me indicou umas contenções para colocar nos braços dele quando ele começava a se bater. Ajudou bastante, pois Gabriel passou a entender que se ele começasse a se bater ele teria os braços mobilizados. Gabriel teve alta do Sarah pois esse hospital não trata de comportamento. Voltando ao neurocirurgião dr. Luiz Cláudio Modesto, médico do Hospital de Base do DF, muito educado, competente e humano! Realizou a cirurgia do Gabriel duas vezes, a primeira ele fez com cautela as lesões no cérebro responsáveis pela agressividade, a segunda ele aumentou as lesões (seis meses após a primeira). Foi de grande valia realizar as cirurgias! Gabriel é avaliado pelo neurocirurgião e pela psiquiatria. O que ajudou muito a parar com as batidas da cabeça foi fazer tratamento espiritual, muita oração, minha mudança íntima (pensamentos e atitudes). Gabriel continua a frequentar a clínica multiciplinar no período matutino e vespertino vai para a escola especial. Toma 25mg de olanzapina e 50 de neozine a noite. Nessa clínica estamos iniciando um trabalho da mudança de comportamento conforme o estímulo do ambiente. E mandei fazer outra contenções, ajuda bastante nas crises! No começo dói muito ver meu filho com os braços presos, esticados, mas se eu tivesse isso antes, ele não teria ficado cego. Existe o preconceito, mas não podemos deixar nos levar pela crítica dos outros, pois só quem passa pela situação e suas consequencias sabe o que está fazendo, isso não é falta de amor é a segurança da integridade física. Foi a forma como encontrei para diminuir as crises. E sempre dou muita atenção a ele quando ele se comporta bem e faz a rotina dele direito. Fico à disposição para mais detalhes. Um grande abraço a todos e espero ter ajudado!! priscillacantuaria@hotmail.com
ResponderExcluirPricila pelo que vc já tem de experiência, parece-me que a irritação deles não está relacionada a suposta depressão, não é?
ResponderExcluirEstamos observando que o Jordano melhorou o humor, porém continua reagindo a qualquer mudança, pedido, repreensão.