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Pedrinho, com Síndrome de Cornélia de Lange, na Escola

G1. Lilian Quaino 27/05/17

Mãe luta para filho com necessidade especial ter monitora em escola do RJ


Pedro chegou a ir à escola com uma acompanhante paga pela mãe.
Secretária diz que alunos especiais têm direito a um responsável técnico.

Sheila e Pedrinho em foto na página do abaixo-assinado (Foto: Reprodução/internet)

Depois de um mês em casa, Pedrinho, de 8 anos, poderá em breve voltar às aulas na escola municipal Pedro Ernesto, na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio. Ele chegou a frequentar aulas, mas, com necessidades especiais por conta de uma condição rara que tem, a síndrome de Cornélia de Lange, ele precisa de uma acompanhante para ficar com ele durante as aulas. Crianças com a síndrome apresentam atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Na quinta-feira (28), sua mãe, Sheila Velloso, tem uma entrevista no Instituto Municipal Helena Antipoff, onde a condição de Pedrinho será avaliada e uma monitora será destacada para acompanhá-lo. Até lá, explica a secretária municipal de Educação, Helena Bomeny, Pedrinho será acompanhado por um professor itinerante.

Sheila, uma tecnóloga em radiologia médica não de Pedro, de 8 anos, Manuela, de 6, e o pequeno Gabriel, de 1 ano e 3 meses, conta que matriculou Pedrinho na escola no início do ano e foi informada de que ele precisaria de uma pessoa para acompanhá-lo nas aulas, uma facilitadora, e que ela teria que arcar com os custos dessa acompanhante a um custo que varia de R$ 1 mil a R$ 1.500 por mês. A secretária diz que essa situação não faz parte do protocolo da rede municipal de ensino. 
Pedrinho ficou bem duas semanas. Socializou, as crianças deram uma aceitação boa"
Sheila Velloso

“Isso não procede, a escola não pode e não deve jamais pedir a pais que contribuam para o mediador. A rede oferece mediador para trabalhar com o aluno. Todo aluno que entra na rede tem que ter um responsável técnico”, explicou.

Helena Bomeny disse que Pedrinho é o primeiro aluno com necessidades especiais naquela escola, por isso, não havia monitora disponível para ele. Sheila conta que o menino chegou a assistir às aulas acompanhado de uma estudante de Pedagogia, que ela contratou, mas depois foi informada pela escola que a situação era irregular e não poderia continuar. Desde então, há um mês, Pedrinho está em casa.

Ela conta que nos dias em que o menino esteve na escola, gostou muito, interagiu bem com as outras crianças e foi muito bem recebido por elas.

“Ele ficou bem duas semanas. Socializou, as crianças deram uma aceitação boa, receberam bem acolheram. Teve uma menina que ficou grudada nele, uma professora também”, diz Sheila.

Preocupada com a situação do filho e de outras crianças com necessidades especiais, Sheila criou um abaixo-assinado, que pede que a Prefeitura do Rio providencie a educação pública para o Pedro. Veja nesse endereço www.change.org/EscolaParaPedrinho.

“O que eu mais quero é que meu filho estude, aprenda e conviva com outras crianças. Isso é um direito e vai fazer com que ele se desenvolva mais rapidamente”, diz ela no texto.
Nossa rede é muito inclusiva, a maioria das escolas particulares não aceita deficiências"
Secretária Helena Bomeny

A secretária Helena Bomeny garante que Pedro vai frequentar a escola.

“Nossa rede é muito inclusiva, a maioria das escolas particulares não aceita deficiências”, disse.

Ela explicou que do total de 650 mil alunos da rede municipal de ensino, mais de 12.500 têm necessidades especiais, e desses, sete mil estudam em escolas regulares. Ainda de acordo com a secretárias, a rede municipal de ensino tem 450 salas de multirecursos, nas quais o aluno com necessidades especiais, depois do seu turno regular na escola, em outro turno vai trabalhar suas deficiências específicas. A secretaria oferece transporte a esses alunos, diz Helena Bomeny.

Segundo explicou a secretária, quando os pais vai matricular uma criança na rede municipal de ensino, procura uma das 11 Coordenadorias Regionais de Educação (CRE). Caso seja uma criança com necessidades especiais, o caso é avaliado e é informado aos pais a necessidade da mediação, e o tipo escola mais adequada.

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